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A falta de uma agência bancária é um dos principais problemas vividos pelos moradores do Distrito de Fazendinha, distante 8 Km do centro de Macapá. A agência mais próxima fica cerca de 6 Km, no campus da Universidade Federal do Amapá, restrita a acadêmicos e funcionários da Unifap.
Fazendinha dispõe apenas de um caixa eletrônico que, segundo os moradores, nunca funciona. "Aqui não temos nem mesmo onde pagar um talão de luz", reclama o morador e empresário Stephan Pontes.
O Distrito tem uma população estimada em 22 mil habitantes. Fazendinha é formada pelas comunidades do Igarapé da Fortaleza, Alphaville, Pólo Hortifrutigranjeiro, Mini Pólo, Murici, Vale Verde, Chefe Clodoaldo, Manari e Loteamento Por do Sol.
Comércio - Sem agência bancária, o comércio da Fazendinha também não se desenvolve. Quase todo tipo de negócio fica estagnado e entra em decadência. "Todo tipo de pagamento é feito no centro de Macapá, até mesmo das bolsas sociais. Nossos moradores recebem e gastam por lá mesmo. Não compram quase nada aqui, no Distrito", observa o empresário Stephan Pontes.
A falência do comércio do Distrito começou com os bares do balneário que, antes da urbanização da orla de Macapá, há cerca de 10 anos, era o principal ponto turístico da capital. Os macapaenses tinham a Fazendinha como ponto de encontro, lazer e de referência para saborear o delicioso camarão no bafo, acompanhado de cerveja gelada, isso sem falar das vantagens de poder apreciar o por do sol e o manjestoso rio Amazonas.
Hoje, o cenário do balneário é de abandono. Os consumidores culpam os próprios donos dos bares pelo fracasso nos negócios. Para eles, faltou profissionalismo aos proprietários dos bares. "Os preços abusivos, a falta de estrutura dos bares e a inexistência de um calendário de eventos, afugentaram a clientela, justificou Stephan Pontes.
Atualmente, os negócios em Fazendinha sobrevivem do comércio varejista informal. São pequenas mercearias. Mas, também, existem lojas de porte médio de materiais de construção, supermercados, farmácias, panificadoras e açougues. O forte do comércio são as batedeiras de açaí. Elas somam 54 no total.
O Distrito não tem um centro comercial. Os negócios estão sinalizados por toda a Fazendinha.
Volney Oliveira / Denyse Quintas